A Economia de Comunhão foi apresentada em 10 de maio na Faculdade de Economia de Zagreb
por Dina Perkov
Estavam presentes um grupo de estudantes, alguns empresários e outras pessoas interessadas no projeto.A professora Ivana Marić foi quem deu as boasvindas nesta terceira conferência sobre a EdC que se realiza nessa Faculdade dando ênfase à autenticidade e relações humanas como as suas mais importantes características. De seguida, a professora Mirna Valdevit narrou as distintas etapas do percurso da EdC, nestes últimos anos, e respondeu claramente 'não!' à pergunta que entitulava a sessão da tarde: "Economia de comunhão, utopia ou…?"
A confirmação de que a EdC não é utopia veio da experiência de três jovens empreendedores que apresentaram suas empresas, que começam a funcionar de acordo com os princípios da Economia de Comunhão.
E era hora de ouvir o convidado, o professor Luigino Bruni. Lembrando que estava nesta mesma sala há 10 anos, iniciou seu discurso indicando alguns sinais negativos do mundo hoje: o retorno à busca da felicidade individual; o aumento das desigualdades e o crescimento dos lucros e o grande e atual conflito entre rendimento e lucro. Bruni destacou a importância dos empreendedores no mundo de hoje: sem eles não há criatividade nem empregos. Ele confirmou que o elemento característico da EdC é compartilhar os lucros e que os lucros são bons se forem compartilhados. Os lucros têm efetivamente uma sua natureza social. Não são apenas mérito do empreendedor, portanto, compartilhá-los é uma expressão de justiça social.
Bruni concluiu seu discurso com uma referência a Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz em 2006, que criou o Banco dos Pobres e o Microcrédito - em sua opinião a mais importante conquista financeira do século passado - e afirmou que a inovação mais importante da EdC passa por uma relação entre teoria e práxis. No diálogo com que se encerrou a conferência, Luigino Bruni teve a oportunidade de aprofundar alguns aspectos da Economia de Comunhão levantados pelas perguntas dos presentes.