15.10.2021
Como parte da série Traços, foi lançado em 2021 o volume In-communication (a generative perspective), de Ana Cristina Montoya (NetOne Colombia), publicado pela editora Città Nuova e pelo Instituto Universitário Sophia de Loppiano (Itália).
Fonte: Città Nuova
No prólogo do livro, de Paolo Rufini, prefeito do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, lemos:
“A autora nos acompanha em uma jornada para repensar o papel da comunicação feita para gerar relacionamentos. Algumas passagens me impressionaram particularmente. A primeira diz respeito ao sentido do limite em um tempo que supõe sua inexistência; quase essa tecnologia legitima ainda mais. Uma grande tentação. Uma falsa verdade. A segunda diz respeito ao falso dilema entre identidade e alteridade. Como se realmente tivéssemos que, para sermos nós mesmos, negar os outros, e não exatamente o contrário: redescobrir-nos espelhando-nos no outro. A terceira diz respeito à importância das palavras, ao uso que fazemos das palavras, distorcendo seu significado e assim transformando a comunicação em mal-entendido, a memória em esquecimento”.
“Mas o verdadeiro centro deste ensaio está na refutação do paradigma tecnocrático como fórmula da felicidade e na crítica da teoria econômica que reduz toda relação a uma transação, todo encontro à medida da capacidade recíproca de consumo, todo diálogo em um monólogo, todo silêncio em um vazio em vez de cheio, todo tempo dedicado à escuta é um tempo perdido e não ganho, todo diálogo um risco a ser evitado”.
Ana Cristina Montoya, colombiana, é doutora e mestre em Comunicação e atualmente é professora do Departamento de Ciências Sociais e Políticas, Economia e Gestão do Instituto Universitário Sophia (IUS), onde ensina Fundamentos de Processos Dialógicos, Comunicação Gerativa e Introdução à Dinâmica da Intercultura. A série Traços oferece ensaios curtos e prospectivos escritos com uma “abordagem inter e transdisciplinar que visa estimular a interação entre os saberes em um horizonte sapiencial, que não anula a autonomia de cada um, mas capta suas raízes e propósitos comuns” e que “tem o objetivo de implementar paradigmas teóricos e práticas operacionais para promover um desenvolvimento antropológico e eticamente integral e compartilhado” (IUS).
